Homens ou mulheres? Quem fuma tem mais? Ou quem tem infecção urinária de repetição? Ou trabalhadores de fábricas de tintas?
O câncer de bexiga tem como a principal causa o tabagismo e muitas pessoas não sabem disso, porque acreditam que o cigarro só leva ao câncer de pulmão. Mas o câncer de bexiga tem 50% dos casos diretamente associados ao fumo e nove entre 10 pacientes têm mais de 55 anos.
É previsto que haja 7870 novos casos ao ano no Brasil, sendo muito mais prevalente em homens. Para se ter uma ideia, as estatísticas de incidência do INCA, mostram que as taxas para homens vão de 1,7 a 13,3% (por 100 mil indivíduos), a depender do Estado e de 0,7 a 2,8% (por 100 mil indivíduos) para as mulheres, a depender do Estado.
Mas a taxa de mortalidade registrada no período 2018 a 2022 foi de 2% (a cada 100 mil indivíduos), o que podemos considerar preocupante, dada a incidência dessa doença.
Além do cigarro – e aí devemos considerar também charutos, cigarrilhas, cachimbos e, com bastante destaque, os vapes (cigarro eletrônico) – a exposição ocupacional pode estar relacionada a este câncer, e pode ser o motivo de ser mais comum entre os homens. A exposição, dentro de uma fábrica, a tintas, solventes e outros produtos químicos pode levar ao tumor maligno de bexiga. E temos que ressaltar que produtos de cabeleireiro, como tinturas, permanentes, clareadores, estão nessa categoria de produtos químicos, por isso, cabeleireiros também devem se proteger.
Indústrias como a de borracha, couro, têxtil, tintas e impressão, que utilizam substâncias químicas conhecidas como aminas aromáticas, benzenos e naftalinas, devem ter práticas de segurança no trabalho bastante rígidas, incluindo o uso de equipamentos de proteção individual (EPI) para todos os trabalhadores e a adesão a protocolos de segurança para minimizar a exposição a esses produtos químicos.
Algumas pessoas podem pensar que há uma relação entre infecção urinária e o câncer de bexiga. E isso é verdade. Infecções urinárias de repetição, pedras nos rins e outras condições podem irritar cronicamente a bexiga e a longo prazo, elevar o risco de câncer de bexiga.
Se há um efeito protetivo, esse é o da hidratação ou seja, beber água! Quando tomamos bastante água e aumentamos o fluxo de urina, diminuímos a exposição às toxinas que as paredes da bexiga ficam em contato.
As mulheres apesar de mais suscetíveis às infecções urinárias devido à questão anatômica, têm uma prevalência de câncer de bexiga bem inferior à dos homens. Isso em razão de ainda haver maior consumo de cigarro entre os homens, assim como maior exposição ocupacional para o sexo masculino.
Mas sempre é preciso investigar as causas das infecções urinárias recorrentes, pois podem indicar doenças mais graves, como cálculos renais, obstruções ou até mesmo o câncer do trato urinário.
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