A relação entre câncer e fatores emocionais, como estresse e tristeza, tem sido amplamente debatida, mas ainda é considerado um tema bastante polêmico na literatura médica. Muitos acreditam, com base em experiências, que emoções negativas podem contribuir para o desenvolvimento da doença. No entanto, a grande verdade é que o câncer não tem um único fator causal e estudos controlados apresentam resultados variados.
Uma pesquisa publicada na Nature Reviews Cancer explorou o impacto do estresse crônico no sistema imunológico e sua possível relação com o câncer. O sistema imunológico é nossa grande barreira de defesa e o estudo sugere que o estresse pode enfraquecer nossa resposta imunológica, tornando o corpo mais vulnerável a doenças, incluindo o câncer. Outra revisão científica, publicada no Journal of Clinical Oncology, destaca que o estresse pode afetar o crescimento do tumor, mas as evidências sobre sua influência direta na origem do câncer ainda são limitadas. Podemos dizer também que o estresse não vem sozinho, certo? Olha quantas mudanças de comportamento vêm junto com o estresse: alimentação, bebida, sedentarismo, obesidade, tabagismo, para falar o mínimo. E são todos fatores que aumentam o risco do câncer.
O estresse leva à liberação crônica de cortisol, um hormônio que pode influenciar processos celulares importantes. Segundo pesquisas como as de Thaker et al. (2006), publicadas na Cancer Research, o excesso de cortisol pode promover inflamação e alterações no microambiente tumoral, favorecendo a proliferação celular descontrolada. Embora esses achados indiquem um possível impacto do estresse na progressão do câncer, ainda são necessários mais estudos para comprovar realmente se há uma relação direta na causa da doença.
Portanto, enquanto o estresse pode afetar negativamente o organismo e potencialmente influenciar o desenvolvimento e o avanço do câncer, os mecanismos exatos ainda estão sendo estudados, e outros fatores genéticos e especialmente ambientais e relacionados aos nossos hábitos de vida continuam sendo os principais determinantes da doença.
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